Ontem fui ver Os Substitutos ao cinema e acabei por ficar a desejar ter um para mim.
Viver a vida num robot.
Como seria viver sem sentir nada? Sem nos queimarmos enquanto cozinhamos, sem cortarmos os dedos ao folhear um livro ou sem caírmos nas aulas de ginástica e ficarmos com um joelho lixado para o resto da vida.
Melhor ainda seria a parte de não termos sentimentos. Era uma maravilha de vida.
Não existiria o calor humano, apenas a frieza robótica onde não teríamos de nos preocupar com ninguém, porque afinal toda a gente "seria" um robot.
Não teríamos que ficar magoados com o facto da nossa melhor amiga nos ter esfaqueado pelas costas, porque não haveria a amizade.
Não teríamos que chorar no duche ao fim do dia por não sermos correspondidos pela pessoa que amamos, porque não haveria o amor.
Não teríamos que recear sofrer uma branca a meio de um exame, pois a nossa memória seria programada para tal nunca acontecer.
E nunca seria duro chegar ao fim do dia, pois simplesmente desligávamos o nosso substituto, virámos o rabo para o outro lado na cama e dormíamos até o amanhecer para recomeçar de novo.
Actum est!
3 Pinequices:
não existiria o orgasmo, não existiria a sensação boa do sol e da praia, não existiria o calor de uma mantinha em casa num dia de chuva, não existiria aquele abraço bom de alguém de quem se gosta...
O ser humano é feito a partir de bons e maus momentos. O segredo é aprender com os maus e aproveitar os bons.
stay strong!
Olá Helena,
Vi o teu texto e não resisti a comentar=)
Acho que ninguém nos pode substituir, nem mesmo um robot perfeito que só iria esconder os nossos defeitos.
Os defeitos e as dificuldades que temos no nosso dia-a-dia só revelam a nossa singularidade=).
Bjs e tudo de bom
Luís Miguel
Não sei como ainda não tinha visto este post...
Raquel... faço as tuas palavras as minhas...
Conseguiste dizer tudo aquilo que eu queria dizer.
Nada consegue substituir o "sentir" humano!
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