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sábado, 7 de novembro de 2009

Os Substitutos


Ontem fui ver Os Substitutos ao cinema e acabei por ficar a desejar ter um para mim.

Viver a vida num robot.

Como seria viver sem sentir nada? Sem nos queimarmos enquanto cozinhamos, sem cortarmos os dedos ao folhear um livro ou sem caírmos nas aulas de ginástica e ficarmos com um joelho lixado para o resto da vida.

Melhor ainda seria a parte de não termos sentimentos. Era uma maravilha de vida.

Não existiria o calor humano, apenas a frieza robótica onde não teríamos de nos preocupar com ninguém, porque afinal toda a gente "seria" um robot.

Não teríamos que ficar magoados com o facto da nossa melhor amiga nos ter esfaqueado pelas costas, porque não haveria a amizade.

Não teríamos que chorar no duche ao fim do dia por não sermos correspondidos pela pessoa que amamos, porque não haveria o amor.

Não teríamos que recear sofrer uma branca a meio de um exame, pois a nossa memória seria programada para tal nunca acontecer.

E nunca seria duro chegar ao fim do dia, pois simplesmente desligávamos o nosso substituto, virámos o rabo para o outro lado na cama e dormíamos até o amanhecer para recomeçar de novo.


Actum est!


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Diário da Nossa Paixão

Nunca li este livro, mas sempre quis comprá-lo. Nicholas Sparks tem o dom de colocar em palavras os sentimentos que trazemos no nosso peito e que nunca conseguimos sequer descrevê-los.

Eis um excerto que encontrei na Internet e que achei simplesmente divino, como se estivesse a contar o que sinto. Espero que gostem! :-)



«A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes destas, e em cada uma nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos.


Isto significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos 10.000 anos e um prelúdio ao que virá. Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes em cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas.


E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer adeus um ao outro. Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que puder para garantir que assim será.


Mas se nunca nos voltarmos a encontrar e se isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes. (…)


Volta. Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque.

Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas.


Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames… mas volta. Volta.»


– Nicholas Sparks in Diário da Nossa Paixão


Actum est!